Falar de internet, além de ser sobre mudança rápida, é falar sobre informação. E a Web 3.0 é um conceito que tem muito a ver com a forma como essa informação chega até nosso conhecimento, aos usuários. Mas, antes de discorrer sobre essa nova etapa da Web, vou falar brevemente sobre dois conceitos que a antecederam.
Logo a partir do momento que a internet foi apresentada ao público, em meados dos anos 90, significou um marco na história de compartilhamento de dados. Com ela era possível acessar conteúdos produzidos a partir de qualquer canto do mundo, o que se traduzia como o início de um processo de democratização ao acesso de informação.
No entanto, a estrutura para elaboração desses conteúdos ainda seguia os moldes dos veículos de comunicação tradicionais como TVs, jornais e rádios. Ou seja, de um para muitos. Era a mídia falando com a massa. Sem contar que as primeiras páginas também não ofereciam muitas possibilidades de interação, apenas leitura de textos.
No surgimento da Web 2.0 o usuário ganhou mais autonomia e começou a poder criar e disponibilizar seu próprio conteúdo na rede.
Nessa fase, as linguagens de programação foram grandes aliadas no processo de descentralização da distribuição e produção de informação. Foi através de sistemas elaborados com elas que grandes serviços e ferramentas essenciais foram criadas, como as redes sociais (Ex.: Facebook) e sistemas de gerenciamento de conteúdo (Ex.: WordPress).
Outro fator importante nesta etapa foi a conscientização para a importância da experiência do usuário. Neste momento, os dispositivos móveis já estavam inseridos no mercado e cada vez mais ganhavam espaço. Era preciso pensar na navegabilidade em outros dispositivos, além do desktop. A partir daí, já podíamos ver páginas adaptadas para navegação mobile e com layouts mais sofisticados.
A web 3.0, no entanto, não significa a extinção dos outros conceitos, mas sim uma convergência deles. Ela, além de trazer o plus do foco na experiência do usuário e da segurança de dados, ainda é alicerçada no uso da inteligência artificial. O que significa? Significa que aqui a máquina aprende com a interação humana e apresenta as melhores soluções de acordo com suas reações.
Importante frisar que isso já afeta a forma como é feito o marketing digital, pois, a partir do momento que as empresas não são mais as intermediárias da comunicação, o usuário usufrui de muito mais liberdade para moldar como ele deseja que seja sua navegação.
Para se ter uma ideia, os sistemas de buscas antigos, como o Cadê, eram diretórios de links. A forma como o usuário pesquisava, e ainda pesquisa, acabou por sepultar essa ferramenta. Não é à toa que hoje o Google é o maior buscador do mundo, pois seu algoritmo elenca conteúdo de acordo com interesse e relevância para a pesquisa do internauta.
“Ah, e como eu posso escapar disso?”
Não pense em “escapar”. Essa é uma oportunidade para aprofundar o relacionamento com seu consumidor. Mas entenda que o foco é a experiência do usuário! Foque e entenda seu público. Assim, você será a referência e o ponto de interesse para o consumo dos seus serviços e produtos.
Fonte: Rockcontent
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